quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Personagens


Sosoe Kemoko, chefe de um clã Malinka, povo especialista em metalurgia. O diferencial entre os Maninka e os Sosoe é que os Maninka eram favoráveis ao Islã, enquanto os Sossoe, apegados as tradições encestrais, eram opositores. Juntou as cidades de Kaniaga e Sosoe em um só reino (Império de Gana), formando a dinastia dos Kante ( fim do século XII até 1235). Era opositor ao Islã. 

Sumaoro Kante, filho de Sosoe Kemoko, reinou entre os anos de 1200 a 1235. Foi conhecido como Rei-Feiticeiro e era árduo opositor do Islã. O domínio de Sumaoro atingia todos os reinos dominados pelo Império de Gana, exceto o Mandem. Possuía vasto exército e impunha o terror, tanto pela força como pela magia, ao povo islâmico habitante do Mandem, praticando vários excessos.

Nare Fa Maghan, ou Maghan Kon Fatta, rei do Manden entre 1218 - 1230. Combateu Sumaoro Kante. A tradição oral relata que Maghan recebeu a visita de um guerreiro místico e profetizou que Maghan se casaria com a mulher búfalo, que ela lhe daria um filho que seria um grande rei. Certa feita, caçadores trouxeram uma mulher corcunda, feia aos olhos, de nome Sogolon Konde.

Sogolon Konde, esposa do rei Nare Fa Maghan. O rei Maghan já era casado com Sassouma Bereté, mas recordando-se da profecia do caçador místico, casou-se também com Sogolon. Sogolon deu a luz a uma criança enferma de nome Sundiata Keita. Frequentemente era hostilizada pela esposa do rei Maghan por sua aparência e pelo seu filho enfermo. A tradição oral cantada pelos griots conta que seu filho enfermo, era motivo de chacotas e que zombavam dele, por vezes levavam pedaços de pau para Sudiata apoiar-se e levantar-se, sempre em madeiras que não suportariam o seu peso. Em uma dessas zombarias, Bereté levou folhas de Baobá para Sogolon como forma de desprezo, ao ver a zombaria, Sundiata pediu o cetro real para apoiar-se e levantar-se acreditando que seria curado. A  lenda diz que Sundiata apoiou-se no cetro e ficou em pé, que caminhou até o Baobá que Bereté tirou as folhas e o arrancou pela raiz, jogando aos pés de sua mãe Sogolon como forma de devolver a ofensa a Bereté.    

Dankaran Tuman, filho mais velho de Nare Fa Maghan. Compôs um acordo de submissão com Sumaoro Kante. Devido aos excessos praticados por Sumaoro, o povo do Manden inflamou Dankaran a rebelar-se contra o soberano. Dankaran, temendo represália por parte de Sumaoro Kante, foge para o sul do Mandem, criando a “cidade da salvação”.

Sundiata Keita - Rei Leão - considerado o fundador do império em 1230, reinou até 1255, segundo filho de Nare Fa Maghan. Vivia exilado em Nema com sua mãe, Sogolon Konde, e seu irmão Mande Bugari (Abubakar). Comandou os aliados na vitória da batalha de Kirina contra Sumaoro Kante. A vitória contou com o auxílio de sua irmã, Nana Triban, que fora dada em casamento a Sumaoro Kante por seu irmão, e o sobrinho de Sumaoro, Ghana Fakoli, general-em-chefe das tropas de Sumaoro Kante, que tornou-se desafeto deste após Sumaoro roubar-lhe a esposa. Nana Triban, esposa de Sumaoro, conhecia os segredos da força mágica do rei-feitiçeiro e os contou a Sundiata. Sumaoro tinha como toten, espécie de amuleto da sorte, o galo branco. Sundiata construiu um arco com uma espora de galo branco pendurado. Diz a tradição oral que Sumaoro foi ferido de raspão por Sundiata e que sentiu seus poderes mágicos o abandoranarem fugindo em seguida. Sunadiata Keita dominou grande parte dos territórios conhecidos do Império de Gana. Devido à influência de comerciantes que visitavam o Império de Mali, Sundiata recebeu orientação religiosa islâmica. Sua morte é referenciada em duas formas. Uma delas, a tradição oral cita que Sundiata teria sido flexado acidentalmente durante uma cerimônia. Outra vertente conta que Sundiata teria morrido afogado nas águas do rio Sankaran em condições obscuras.   

Mansa Ulé (1255 - 1270) - filho de Sundiata Keita. Descentralizou o reino aos seus generais, fator que determinou o crescimento do poderio do Mali e a constituição do reino, já que os antigos reis não perderam seus postos, apenas reconhecendo a figura do imperador como soberano e pagando os impostos ao império.

Abubakar I , Sakura ( 1270 - 1285) - Escravo do Mansa Ulé. Foi entronizado como imperador, fazendo com que os reis se tornassem vassalos.

Abubakar II - (1303 - 1312). Reinado  marcado por disputas pelo controle dos exércitos e a centralização do poder. Como grande feito, Abubakar II enviou duas expedições pelo oceano Atlântico. A primeiro com 200 barcos cargueiros, apenas um retornou. A segunda expedição foi mais grandiosa com o envio de doi mil barcos. Dessa vez, nenhum retornou. Há uma remota hipótese que alguns navios haviam chegado a América, contudo, não há sustentação para tal afirmativa.

Mansa Mussa - (1312 - 1332). Peregrinou à Meca por volta do ano 1324 com 60 mil servidores e cem camelos carregados de ouro, impressionando os líderes árabes da época. No retorno, trouxe sábios e profissionais de mais diversas áreas do conhecimento. Responsável pela consolidação do Islã no império de Mali. É considerado o responsável pela época de ouro do império. Incentivou a cultura, o ensino e a religião, o Islã. Neto de Sundiata foi o homem mais rico do mundo conhecido e sua fortuna foi estimada em U$ 400 bilhões de dólares segundo o site americano CelebrityNetworth.

Mansa Suleiman - (1341 - 1360). Conseguiu o reconhecimento de soberania sobre os Tuaregs.

Mari Djata II - (1360 - 1374). Dilapidou grande parte dos recursos do império.    

Mussa II ( 1374 - 1387). Inicio do declínio do império devido a lutas internas pelo comando do poder.

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